O campeão italiano, duas vezes vencedor do Tour de France (1938 e 1948) e três vezes do Giro d'Italia (1936, 1937 e 1946), recebeu no passado dia 23 de setembro a título póstumo o reconhecimento de "Justo entre as Nações", a maior distinção outorgada por Israel (Yad Vashem) àqueles que ao risco de suas vidas salvaram judeus durante a Shoa.
Católico devoto, Gino Bartali participou da rede dirigida pelo rabino de Florença Nathan Cassuto junto com o arcebispo de Florença, o cardeal Elia Angelo Dalla Costa, para salvar judeus durante a ocupação alemã da Itália na Segunda Guerra Mundial. Arriscando sua vida, Gino Bartali ajudou a salvar centenas de judeus locais e refugiados. Sob pretensos treinamentos ele transportava documentos dissimulados na sua bicicleta percorrendo trajetos de até 350 km (ida e volta).
Tendo em vista os péssimos exemplos de alguns vencedores do Tour de France e outras competições importantes do ciclismo mundial que recorreram a drogas para aumentar suas performances, colocando em risco apenas a própria saúde para o fim egoísta de suas glórias pessoais, enganando milhões de fãs e muitos patrocinadores, é importante recordar Gino Bartali.
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