Apesar das tecnologias modernas digitais, fiz uma assinatura do The Jerusalem Report impresso. Ainda acho mais fácil ler artigos impressos, principalmente quando procuro análises mais profundas dos assuntos que me interessam. Na edição de 20 de junho me deparei com uma matéria escrita pela professora Ilene Prusher. O seu curso, de duração de um semestre, intitulado "Reporting Conflict" é oferecido a alunos de jornalismo americanos pelas Universidades de Nova York (NYU) e de Tel Aviv. O artigo me pareceu extremamente interessante e atual à luz da evidente parcialidade e seletividade com que os jornais brasileiros -juntando-se assim a muitos no exterior- cobrem o conflito israelo-palestino. O curso não visa unicamente a esse conflito, mas trata igualmente dos conflitos no Iraque, no Afeganistão e nos países que vivem a "primavera árabe". Há algo ainda mais fundamental no artigo: o fato de que muitos dos estudantes em jornalismo irão "blogar" durante anos antes de encontrarem um trabalho em um jornal ou revista, incluindo nas mídias eletrônicas e que um bom direcionamento ou uma perspectiva apimentada é mais atraente do que um jornalismo sólido, boas fontes e um texto equilibrado. Para o próximo semestre a professora Prusher vai propor um novo exercício a seus alunos: ir a campo e escrever uma matéria que sustente a posição contrária à do aluno que, como eu disse acima, tem suas ideais pré-concebidas.
Não sei se os cursos de jornalismo no Brasil têm algo parecido, visando a formar jornalistas para a cobertura de conflitos. Imagino que isso deveria ser, se ainda não o é, parte obrigatória desses currículos. E aqui não penso apenas nos conflitos do oriente médio, mas em todos os conflitos, inclusive nos nossos nacionais. Mas tenho uma outra sugestão ainda: por que, no mundo atual, sem fronteiras na mídia, não formamos nossos jornalistas cada vez mais em intercâmbio, presencial ou à distância, com alunos de outros países? Certamente seria muito interessante que uns conhecessem as bases, preconceitos e outros elementos determinantes do jornalismo dos outros.
Não sei se os cursos de jornalismo no Brasil têm algo parecido, visando a formar jornalistas para a cobertura de conflitos. Imagino que isso deveria ser, se ainda não o é, parte obrigatória desses currículos. E aqui não penso apenas nos conflitos do oriente médio, mas em todos os conflitos, inclusive nos nossos nacionais. Mas tenho uma outra sugestão ainda: por que, no mundo atual, sem fronteiras na mídia, não formamos nossos jornalistas cada vez mais em intercâmbio, presencial ou à distância, com alunos de outros países? Certamente seria muito interessante que uns conhecessem as bases, preconceitos e outros elementos determinantes do jornalismo dos outros.
Segundo a professora Prusher, seu trabalho consiste em chacoalhar as conclusões pré-concebidas de seus alunos e abrir-lhes os olhos para as nuances na região, sobretudo ensinando-lhes como fazer reportagens honestas e imparciais. Parte das atividades propostas consiste em trabalhos práticos de campo.
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